IMPÉRIO ROMANO

07/06/2013 21:44

O Império Romano


 

 
 A civilização da Roma antiga influenciou o nosso mundo ocidental. Do século VI a. C. ao século V d.C., o Império Romano no seu auge, dominou e manteve unificado, desde a Escócia ao Egipto, e de Marrocos ao Mar Cáspio. Nunca outra civilização se fez perdurar tanto nos hábitos e costumes, como na grandiosidade do seu legado que ainda hoje permanece quase perene. As suas construções militares como a Muralha de Adriano, as extensas estradas, como a Via Ápia, os anfiteatros, as habitações com aquecimento central, balneários, as leis, influenciaram a nossa forma de vida civilizada.

 

 

 

 

 

Loriga

Após a morte de Cômodo em 192, da Dinastia dos Antoninos, houve uma série de lutas pelo poder. Roma chegou a ter em um único ano quatro Imperadores. Em 193, a Dinastia Severa assumiu o governo com o Imperador Sétimo Severo.

 

Nesse período a expansão romana chegou no seu limite. Para controlar e manter o domínio sobre todos os territórios era preciso muito dinheiro, funcionários e soldados. Por essa razão os romanos resolveram interromper a política expansionista, gerando uma crise econômica, pois é sabido que todas as riquezas introduzidas em Roma se deram através das conquistas e espoliações de bens (terras, jóias, dinheiro), cobrança de impostos e aquisição de escravos, os quais mantinham a economia romana ocupando vários setores da produção, principalmente o agrícola.

A crise social era inevitável. Sem recursos para as grandes obras aumentou o número de desempregados. As diversões públicas que exigiam gastos dispendiosos foram cortadas aumentando as tensões sociais e gerando uma série de conflitos e revoltas populares, inclusive entre os escravos.

Essa situação acabou desencadeando uma crise política, pois muitas tropas foram deslocadas das províncias para os centros urbanos, visando sufocar as rebeliões, além disso, o exército romano já não era mais tão numeroso, pois exigia muitos gastos que Roma, nesse momento, não podia bancar. Aproveitando disso, alguns dos povos dominados, começaram a se rebelar contra o domínio romano, reconquistando sua independência.

 

Os povos bárbaros percebendo a fragilidade em que se encontrava o Império Romano, em busca de terras férteis e de olho em suas riquezas, a partir do século IV, realizaram sucessivas incursões em diversas regiões. Grande parte da população procurando se proteger foram para o campo, abandonando as cidades.

 


Valadares, Virgínia T. - História: assim caminha a humanidade. Ed. do Brasil - Belo Horizonte MG


           Constantino

Para poder ter um maior controle do Império, Diocleciano, que governou de 284-305, o dividiu em quatro partes. Percebendo que em nada adiantou a divisão, o Imperador Constantino (312-337) tornou nula a divisão, porém diante de tantas invasões e rebeliões que ocorriam em Roma, transferiu a capital para o Bizâncio (330), cidade localizada no Oriente e que mais tarde passou a se chamar Constantinopla (cidade de Constantino). Outra medida adotada por ele foi liberar os cultos cristãos, ganhando assim o apoio dessa parcela da sociedade que aumentava a cada dia.

Após a morte de Constantino, reavivaram as lutas pelo poder, que só terminaram quando Teodósio em 378 assumiu o governo. Além de tornar o cristianismo a religião oficial, dividiu o Império em duas partes e entregou aos seus filhos, o do Oriente com capital em Constantinopla ficou sob o controle de Arcádio e o do Ocidente com a capital em Milão para Honório.

Porém as invasões bárbaras se intensificaram, fazendo com que o Império Romano do Ocidente existisse apenas no nome. Com a chegada dos hunos, no início do século V, que ameaçavam as aldeias gêrmanicas, espalhando o medo e o terror, fez com que milhares de pessoas atravessassem a Europa e se fixassem dentro das fronteiras romanas, em busca de proteção. Ao longo do tempo os povos bárbaros passaram a dominar algumas regiões formando reinos, que pouco duraram. Novas ondas de invasão ocorreram em meados do século V, quando o último Imperador romano, Rômulo Augústulo, foi deposto por um rei Bárbaro em 476.