IMPÉRIO ROMANO
O Império Romano

Loriga
Após a morte de Cômodo em 192, da Dinastia dos Antoninos, houve uma série de lutas pelo poder. Roma chegou a ter em um único ano quatro Imperadores. Em 193, a Dinastia Severa assumiu o governo com o Imperador Sétimo Severo.
Nesse período a expansão romana chegou no seu limite. Para controlar e manter o domínio sobre todos os territórios era preciso muito dinheiro, funcionários e soldados. Por essa razão os romanos resolveram interromper a política expansionista, gerando uma crise econômica, pois é sabido que todas as riquezas introduzidas em Roma se deram através das conquistas e espoliações de bens (terras, jóias, dinheiro), cobrança de impostos e aquisição de escravos, os quais mantinham a economia romana ocupando vários setores da produção, principalmente o agrícola.
A crise social era inevitável. Sem recursos para as grandes obras aumentou o número de desempregados. As diversões públicas que exigiam gastos dispendiosos foram cortadas aumentando as tensões sociais e gerando uma série de conflitos e revoltas populares, inclusive entre os escravos.
Essa situação acabou desencadeando uma crise política, pois muitas tropas foram deslocadas das províncias para os centros urbanos, visando sufocar as rebeliões, além disso, o exército romano já não era mais tão numeroso, pois exigia muitos gastos que Roma, nesse momento, não podia bancar. Aproveitando disso, alguns dos povos dominados, começaram a se rebelar contra o domínio romano, reconquistando sua independência.
Os povos bárbaros percebendo a fragilidade em que se encontrava o Império Romano, em busca de terras férteis e de olho em suas riquezas, a partir do século IV, realizaram sucessivas incursões em diversas regiões. Grande parte da população procurando se proteger foram para o campo, abandonando as cidades.
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Para poder ter um maior controle do Império, Diocleciano, que governou de 284-305, o dividiu em quatro partes. Percebendo que em nada adiantou a divisão, o Imperador Constantino (312-337) tornou nula a divisão, porém diante de tantas invasões e rebeliões que ocorriam em Roma, transferiu a capital para o Bizâncio (330), cidade localizada no Oriente e que mais tarde passou a se chamar Constantinopla (cidade de Constantino). Outra medida adotada por ele foi liberar os cultos cristãos, ganhando assim o apoio dessa parcela da sociedade que aumentava a cada dia. |
Após a morte de Constantino, reavivaram as lutas pelo poder, que só terminaram quando Teodósio em 378 assumiu o governo. Além de tornar o cristianismo a religião oficial, dividiu o Império em duas partes e entregou aos seus filhos, o do Oriente com capital em Constantinopla ficou sob o controle de Arcádio e o do Ocidente com a capital em Milão para Honório.
Porém as invasões bárbaras se intensificaram, fazendo com que o Império Romano do Ocidente existisse apenas no nome. Com a chegada dos hunos, no início do século V, que ameaçavam as aldeias gêrmanicas, espalhando o medo e o terror, fez com que milhares de pessoas atravessassem a Europa e se fixassem dentro das fronteiras romanas, em busca de proteção. Ao longo do tempo os povos bárbaros passaram a dominar algumas regiões formando reinos, que pouco duraram. Novas ondas de invasão ocorreram em meados do século V, quando o último Imperador romano, Rômulo Augústulo, foi deposto por um rei Bárbaro em 476.